Cronologia Pessoal e Literária PDF Imprimir e-mail
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho nasce na cidade de Lisboa, a 24 de Novembro de 1906, na rua Arco do Limoeiro, nº 7, 4º, hoje Rua Augusto Rosa.

Filho de José Avelino da Gama Carvalho, natural de Tavira, e de Rosa Oliveira da Gama Carvalho, natural de Faro, que também fazia versos.

Neto de Sebastião Jaime da Gama Carvalho, Mestre de Capela da Sé Catedral de Faro, professor de música, compositor de música sacra de grande mérito e secretário da Santa Casa da Misericórdia de Faro e de Piedade de Jesus (avós paternos).

Neto de António Manuel Coelho de Oliveira e de Rosa das Dores Morais, naturais de Faro (avós maternos).

Cronologia de 1912-1931
Outras Datas: 1933 a 1975 | 1976 a 2000
AnoDataDescrição
191221 de MarçoIngressa no Colégio de Santa Maria, na Travessa do Almada, n.º 12, 1º, à Madalena, com 5 anos de idade.
 Faz a sua primeira composição poética conhecida, aos 5 anos.
191424 de JulhoTermina a instrução primária com 8 anos de idade. Como não tinha ainda idade para se matricular no liceu, permanece na mesma escola, ajudando a professora a ensinar os outros meninos, durante 2 anos. Aproveita para aprender francês com uma professora francesa que estava no Colégio. Como afirmou, “a minha função de professor iniciou-se assim aos 8 anos”.
1917AGOSTOPublica, no jornal “Notícias de Évora”, as primeiras sete estrofes de continuação d’ “Os Lusíadas”. Convenceu-se, na altura, que “Os Lusíadas” eram a história de Portugal em verso e como Luís de Camões tinha morrido, no final do século XVI, propôs-se continuar essa mesma história.
OUTUBROEntra para o Liceu Gil Vicente, instalado na ocasião no mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa.
191925 de JunhoA família muda de casa para a Calçada do Monte, nº 70, 1º, onde passa a sua juventude.
1920 Publica no Almanach das Senhoras (pp. 209-210), editado pela Parceria António Maria Pereira (Lisboa), três estrofes de continuação d’ “Os Lusíadas”, já anteriormente publicadas pelo “Notícias de Évora”.
1924 Publica, no Quinzenário Académico, um jornal do Liceu Gil Vicente cujo director foi Fonseca Júnior, uma produção poética. Como recorda Rómulo de Carvalho, “o produto não era épico mas assustadoramente lírico, um soneto onde o poeta declarava peremptoriamente que estava decidido a morrer e a ir para a cova envolvido nos cabelos d’ Ela. Um escândalo com cumplicidades pilosas...”.
1924 e 1925 Participa em várias serenatas com um grupo de amigos, vestidos de capa e batina, que eram muito requisitados por outros amigos, familiares e conhecidos, para cantar à donzela por quem um deles estaria apaixonado. O tocador era o Espadinha e ele próprio o cantor.
19259 de JunhoParticipou numa comédia em um acto e uma revista em quatro quadros, espectáculo teatral desempenhado por alunos finalistas. Desempenhou seis papéis diferentes, um dos quais de cantor. No final, houve um “grandioso baile abrilhantado por um sexteto jazz band. Estava no topo da moda: uma jazz band em 1925”.
 Completa o 7º ano do liceu e recorda, pelas suas atitudes mentais, dois grandes professores que teve: Fidelino de Figueiredo e Câmara Reis.
 Matricula-se na Universidade de Lisboa, no Curso Preparatório de Engenharia Militar, na velha Escola Politécnica, já desde 1911 com o nome de Faculdade de Ciências.
192625 de JunhoÉ alistado na tropa. Como estudante universitário, tem o privilégio de transferir o cumprimento do serviço militar para quando terminasse o curso, caso revelasse aproveitamento escolar.
 Continua matriculado na Faculdade de Ciências, sem mostrar o mínimo entusiasmo pelo curso.
 Abertura de um concurso para estudantes, lançado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, para apresentação de uma revista teatral que seria levada à cena no final do ano escolar como festa de despedida dos que terminassem o curso. Em colaboração com o seu melhor amigo, Carlos Bana, escreveu uma revista em dez quadros, distribuídos por dois actos. Intitulava-se Quod est, est (Tenho a honra de pedir a mão de Violante) e foi encenada por Vasco Santana, com música do Maestro Manuel Ribeiro.
192719 de JunhoApresentação da revista no Teatro de S. Carlos, em Lisboa. Tem nova representação em 30 de Agosto de 1928, com muito êxito.
1928/29 Decide mudar de curso e matricula-se na Universidade do Porto, em Ciências Físico-Químicas, para seguir a via de professor do ensino secundário.
1930 Colabora no Semanário Liberdade, órgão académico republicano, que termina em 1936 com a publicação de mais de 250 exemplares. O director do Liberdade foi Marinha de Campos e Carlos Bana foi chefe de redacção. No primeiro número, a apresentação do jornal é feita por António José de Almeida e em números seguintes, encontramos a colaboração de Bernardino Machado, Magalhães Lima, Manuel Maria Coelho, Teixeira Gomes, João de Barros, Cunha Leal, Ana de Castro Osório, Vasco da Gama Fernandes entre outros.
1930/1931 Termina a licenciatura em Ciências Físico-Químicas, com 15 valores.
193119 de AgostoÉ “julgado incapaz de todo o serviço militar, podendo angariar subsistência”.