"Seria insensato, embora não inteiramente falso, dizer que António Gedeão nunca existiu. Na verdade, este pseudónimo, adoptado pelo professor e historiador de Ciências Físico-Químicas, nascido em 1906, em Lisboa, Portugal, tem levado uma existência própria da sua identidade paralela de carne e osso Rómulo de Carvalho. Privado e prolífero: Gedeão, i.e. a sombra chamada Gedeão, que orficamente descende de mundos subterrâneos de pensamentos e sentimentos inacessíveis a Rómulo de Carvalho, publicou a sua primeira obra de poesia,, em 1956, quando Rómulo de Carvalho contava já com 50 anos de idade. Publicou, até à data, seis livros, o mais recente dos quais, Novos Poemas Póstumos, lançado em 1990. Fiel à sua natureza de personalidade sombria do professor e historiador, que em 1987 foi granjeado com a Medalha de Grande Oficial da Ordem de Instrução Pública pelo governo português, Gedeão é mestre da contenção e das transparências decepcionantes da expressão." Christopher Auretta -Uma introdução à poesia de António Gedeão GEDEÃO, António, 51v 3 poems and other writings, organizado por A. M. Nunes dos Santos, 1ª edição, Viseu, FCT da Universidade Nova de Lisboa,1992, 11p. Bibliografia de António GedeãoAno | | Livros de Poesia |
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1956 | | Movimento Perpétuo Coimbra: Atlântida | 1958 | | Teatro do mundo Coimbra : Atlântida | 1961 | | Máquina de fogo Coimbra : Atlântida | 1967 | | Linhas de força Coimbra: Atlântida (Com um auto-retrato do autor.) | 1983 | | Poemas póstumos 1.ª Ed. – Lisboa : Ed. João Sá da Costa. (Colecção Poética 1) Capa de Hernâni Lopes. 2.ª Ed.: 1984 | 1990 | | Novos poemas póstumos .ª Ed. – Lisboa. Ed. João Sá da Costa, 1990. 2.ª ed.: 1997, 4.ª ed.: 2002 | 1990 | | Poesias completas (1956-1967) Introdução de Jorge de Sena 8.ª Ed. Acresc. com 4 Poemas da Gaveta. Lisboa : Sá da Costa, 1982 Contém: «A poesia de António Gedeão: esboço de análise objectiva» por Jorge de Sena, p. I-LII. Capa de Sebastião Rodrigues. 9.ª Ed.: 1983, 10.ª Ed.: 1987 | 1997 | | Poemas escolhidos 1.ª Ed. – Lisboa : Ed. João Sá da Costa, 1997 Antologia org. pelo autor. Dir. gráfica e capa de João Machado. 2.ª Ed.: 1997, 3.ª Ed.: 1997, 5.ª Ed.: 1999, 6.ª Ed.: 1999, 7.ª Ed.: 2001, 8.ª Ed.: 2002, 9.ª ed.: 2004 | | Ficção | 1963 1967 1978
| | RTX 78/24 : peça em 2 actos e 7 quadros 1.ª ed. – Lisboa : Guimarães, imp. 1963. (Colecção de teatro) 2.ª ed.: Imp. 1978 | | A Poltrona | | História breve da Lua [I] auto em 2 quadros com vista a um futuro programa de dinamização cultural | 1981 | | História breve da lua auto em 1 quadro por António Gedeão il. de Maria Zulmira Oliva. Lisboa : Sá da Costa, (Rosa dos ventos ; 2) | | | Ensaio | 1962 | | Os Poetas Falam de Poesia Távola Redonda, nº 17 | 1965 | | O Sentimento Cientifico em Bocage Ocidente, vol. LXIX, nº 331, pp. 177-192 | 1973 | | No Cinquentenário da Morte de Guerra Junqueiro. Colóquio / Letras, nº14, p.69 | 1975 | | Ay flores, ay flores do verde pino Colóquio / Letras, nº26, pp.45-53 | 1988 | | Versos ao Duque de Bragança do poeta russo Sumarokov (1744) Colóquio / Letras, nº 102 | 1988 | | Homenagem a Cesário Verde Colóquio / Letras , nº 93, p.105 |
Lista dos Manuscritos de António GedeãoData | | Manuscritos |
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1954 Setembro 13 | | Presença do tio-avô Publicado com o título ‘Poema do tio-avô materno’ em Poemas Póstumos, 1983 | 1954 Setembro 16 | | Leitmotif Publicado com o título ‘Poemas das coisas belas’ em Poemas Póstumos 1983 | 1954 Dezembro 24 | | Moinho sem velas Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1954 Setembro 29 | | Declaração de amor Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1955 Janeiro 21 | | Paisagem do outro lado | 1955 Fevereiro 7 | | Vidro Côncavo Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1955 Fevereiro 16 | | Gota de Água Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1955 Março 10 | | Teatro óptico Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1955 Abril 10 | | Chuva na Areia Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1955 Abril 11 | | Homem | 1955 Abril 26 | | Pedra Filosofal Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1955 Maio 3 | | Impressão Digital Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1955 Junho 26 | | Estrela da Manhã Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1955 Agosto 17 | | Anjo Incolor | 1955 Setembro 13 | | Sonho de Valsa Publicado com o título ‘Cabeçudos e Gigantones’ em Movimento Perpétuo, 1956 | 1955 Novembro 14 | | Melodia Proibida Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1956 Fevereiro 6 | | Tempo de Poesia Publicado em Movimento Perpétuo, 1956 | 1956 Março 4 | | Fado Publicado com o título ‘Flores de Cera’ em Movimento Perpétuo, 1956 | 1956 Maio 15 | | Ode Metálica Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1956 Setembro 5 | | Âncora no lodo Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1956 Outubro 22 | | Lírio Roxo Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1956 Dezembro 27 | | Poema do homem só Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1957 Janeiro 12 | | Flor de Carne Publicado com o título ‘Rosa branca ao peito’ em Teatro do Mundo, 1958 | 1957 Janeiro 27 | | Aurora boreal Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1957 Fevereiro 23 | | Poema do homem-rã Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1957 Março 6 | | Fala do homem nascido Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1957 Abril 20 | | Calçada de Carriche Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1957 Maio 7 | | Silêncio Publicado com o título ‘Sou assim’ em Teatro do Mundo, 1958 | 1957 Outubro 31 | | Poema da malta das naus Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1958 Fevereiro 3 | | Adeus, Lisboa Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1958 Fevereiro 10 | | Lágrima tudo Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1958 Fevereiro 28 | | Poema da pedra lioz Publicado em Teatro do Mundo, 1958 | 1959 Março 4 | | Os amantes liquefeitos [I] Publicado em Linhas de Força, 1967 | 1959 Março 4 | | Os amantes liquefeitos[II] Publicado em Linhas de Força, 1967 | 1959 Julho | | Amante sem coisa amada Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1959 Setembro 10 | | Lágrima de Preta Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1959 Dezembro 25 | | Uma qualquer pessoa Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1960 Janeiro 13 | | Dia de Natal Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1960 Fevereiro 20 | | Saudades da Terra Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1960 Abril 3 | | Como será estar contente? Publicado em Máquina de Fogo, 1960 | 1960 Junho 11 | | Amor sem tréguas Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1960 Junho 28 | | Escopro de vidro Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1960 Outubro 1 | | Poema épico Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1960 Dezembro 30 | | Suspensão coloidal Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1961 Janeiro 18 | | Máquina do Mundo Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1961 Fevereiro 12 | | Poema da auto-estrada Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1961 Fevereiro 28 | | Trovas para serem vendidas na travessa de S. Domingos Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1961 Março 2 | | Poema do autocarro Publicado em Máquina de Fogo, 1961 | 1963 Janeiro 16 | | Hora H Publicado em Linhas de Força, 1967 | 1964 Janeiro 10 | | Os amantes liquefeitos [III] Deste poema só foi publicada a 1.ª estrofe em ‘Os amantes liquefeitos’ em Linhas de Força, 1967 | 1964 Julho 24 | | Poema para Galileu Publicado pela primeira vez em Poema para Galileo no IV Centenário do seu Nascimento. Coimbra: [Atlântida Ed.], 1964. Publicado também em Linhas de Força. Coimbra: [Atlântida], 1967. P. 28-32, com o título «Poema para Galileo». | 1965 Março 10 | | Poema de me chamar António Publicado em Linhas de Força, 1967 | 1965 Julho 27 | | Poema da flor proibida Publicado em Linhas de Força, 1967 | 1965 Agosto 10 | | Mãezinha Publicado em Linhas de Força, 1967 | 1965 Agosto 26 | | Enquanto Publicado em Linhas de Força, 1967 | 1966 Março 12 | | Os amantes liquefeitos [IV] | 1966 Agosto 14 | | Lição sobre a água Publicado em Linhas de Força, 1967 | 1967 Agosto 25 | | Poema das palavras exactas Publicado com o título ‘Poema da palavra exacta’ em Poemas Póstumos, 1983 | 1969 Novembro 16 | | Poema do Alquimista Publicado em Poemas Póstumos, 1983 | 1970 Agosto 23 | | Poema das folhas secas de plátano Publicado em Poemas Póstumos, 1983 | 1972 Agosto 19 | | Poema das coisas Publicado em Poemas Póstumos, 1983 | 1977 Agosto 8 | | Poema do adeus Publicado em Poemas Póstumos, 1983 | 1981 Agosto 13 | | Poema da molécula sonâmbula Publicado em Obra Completa. Lisboa: Relógio d’Água, 2004 | 1982 Dezembro 17 | | Poema da memória Publicado em Poemas Póstumos, 1983 | Anterior a 1983 | | Poema do estrangeiro [I] e [II] Publicado em Poemas Póstumos, 1983 | 1983 Maio 3 | | Poema do futuro Publicado em Poemas Póstumos, 1983 | 19?? Setembro 4 | | Espero-te sempre A última estrofe deste poema figura em ‘Uma qualquer pessoa’ incluído em Máquina de Fogo, 1961 | |